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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Dedilhar...

Dedilhar a pele, como dedilho o poema que escrevo... Ou será um desejo apenas, o que escrevo...

Mas na pele, o desejo se realiza...
Seu objectivo é arrepiar este órgão, e despertar nele outros sentidos... Calor primeiro... Suor depois... Nos cabelos os dedos agarram... 
Como num ato de sobrevivência... 
Puxando para seu corpo o calor... 
Sentindo o profundo odor... 
De possuir este ato de ardor... 
Não falo de amor... 
Apenas perco o pudor...