Adormecido, despertou...
Não pelas luas cheias que o rodeiam.
Mas o faro dela irresistível...
O faro da caça...
O Lobo persegue aquele odor de carne...
A presa deseja ser caçada...
Ela quer ser tomada, flutuar no ar...
Pega por trás...
Quer os seus cabelos naqueles dedos que puxam...
Sentir o aperto na pele.
Os dentes em seus lábios.
A enorme língua do lobo em passeio nos seios.
O frio da parede em que é encostado o seu corpo.
A humidade do calor do corpo que a pressiona.
Sugada pela mesma língua que sua boca devora.
Ela o torna presa agora.
Submete o Lobo aos seus desejos.
Suas unhas deixam suas marcas.
Desenha seu desejo naquele corpo.
Afoga o lobo em sua humidade
Ele não pode se mexer.
Ela dita as regras dos corpos.
Marca o ritmo como é penetrada
Suada, mas não cansada.
Devora o Lobo como na Lua
Fica cheia com ele
Sente o fluir como seu.
Do Lobo que procurava a presa
Da presa que virou Loba.
Na viagem da índia